“A maneira como o primeiro-ministro, Luís Montenegro, se relaciona com a imprensa revela, com frequência excessiva, uma postura arrogante e desrespeitosa, que não condiz com os princípios democráticos e com a consideração devida aos meios de comunicação social”, afirma o SJ em um comunicado divulgado hoje.
O sindicato ressalta que a liberdade de Imprensa “é fundamental para a democracia”, e considera que “não é aceitável que quem ocupa cargos governamentais responda com desprezo, impaciência ou hostilidade” a questionamentos “que são legítimos e essenciais para informar a população”.
Adicionalmente, o sindicato observa que “esse desprezo” é evidente “nas diversas chamadas para conferências de imprensa que, posteriormente, se transformam apenas em declarações sem espaço para perguntas”.
Na mesma nota, o SJ encoraja “os jornalistas a não aceitarem ou normalizarem esse tipo de conduta”, recordando que a “função da Imprensa é questionar, fiscalizar e reportar, sem medo ou complacência”.
“Sempre que um representante político demonstra uma atitude de arrogância ou desrespeito, isso deve ser reportado com a mesma seriedade que qualquer outro comportamento relevante para a opinião pública”, complementa.
O SJ argumenta ainda que “o respeito mútuo entre governantes e jornalistas é uma condição essencial para um ambiente público saudável e transparente” e apela a “uma mudança de postura por parte do primeiro-ministro”, assim como “a uma maior determinação e solidariedade da classe jornalística”.
“A Direção do Sindicato dos Jornalistas acredita que cabe a todos os servidores públicos aceitar o escrutínio das propostas que apresentam, devendo estar prontos para serem questionados quando convocam a Comunicação Social para se dirigir ao país e aos portugueses”, finaliza.
Leia Também: Montenegro aguarda “onda à moda da Nazaré” para o PSD conquistar eleições






