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José Theotónio, CFO da lista de João Noronha Lopes, comenta sobre a situação atual do Benfica e suas perspectivas futuras.
José Theotónio, diretor executivo do grupo Pestana e candidato ao cargo de vice-presidente financeiro na lista de João Noronha Lopes para a presidência do Benfica, foi entrevistado pela ECO, antecipando as eleições presidenciais do clube que ocorrerão na próxima sexta-feira. O executivo iniciou compartilhando as áreas em que terá maior influência:
«Estão nas 10 propostas que foram apresentadas pelo João Noronha Lopes como prioridades para os primeiros 100 dias. E dentro dessas, três são especificamente focadas na área financeira. A primeira delas, que é a auditoria, é uma ação de gestão razoavelmente comum quando uma nova direção assume, e, portanto, o objetivo é entender em que situação o clube se encontra, para depois poder desenvolver planos a partir disso».
Na sequência, ele enfatizou a relevância da sustentabilidade financeira para obter sucesso esportivo:
«É extremamente complicado sem sustentabilidade financeira. Quando uma grande parte da receita depende da venda de jogadores, dos prêmios da UEFA e do dia de jogo — e o desempenho da equipe influencia diretamente o dia de jogo —, o sucesso esportivo se torna essencial para a sustentabilidade financeira. Contudo, também é necessário ter condições financeiras que garantam a permanência dos melhores jogadores, evitando sua venda imediata, e assim poder investir de forma mais assertiva em contratações que tragam diferenças ao elenco».
José Theotónio expressou ainda sua preocupação com a situação atual e traçou um objetivo claro:
«O Benfica tem visto suas receitas operacionais diminuírem, com uma média de perda de cerca de 15 milhões de euros anuais. Essa perda de 15 milhões aumenta o passivo, pois essa é a única forma de financiar-se. Mesmo na época de 2024/2025, cujas contas foram fechadas em junho, em que o Benfica, por conta da venda do João Neves, obteve resultados positivos (…). Nossa meta é alcançar 35 milhões de euros em resultado operacional. Pretendemos iniciar isso imediatamente, pois não podemos esperar quatro anos. Se o Benfica continuar a perder 15 milhões por ano, nos próximos quatro anos estará em falência.».
Por último, discutiu-se sobre os grandes investimentos que estão sendo realizados ou que já foram finalizados pelos concorrentes FC Porto e Sporting:
«Espero que o Benfica não chegue à necessida de realizar essas operações com as condições adversas que os outros clubes enfrentaram. Nossa saúde financeira é superior à dos demais. O Porto tem capitais próprios negativos e o Sporting só recentemente reverteu para positivos após a operação das VMOC. Contudo, se conseguirmos equilibrar as contas e os resultados operacionais, teremos a chance de reduzir o passivo e, assim, poder fazer financiamentos de médio e longo prazo, em condições muito mais favoráveis do que as que nossos concorrentes estão enfrentando».






