A Flotilha Sumud Global informou, às 05h12 (horário de Lisboa), que “as forças navais israelitas interceptaram e abordaram ilegalmente o navio Morgana”, onde estava Miguel Duarte.
“As transmissões ao vivo e as comunicações foram interrompidas. A situação dos participantes e da tripulação continua sem confirmação”, alertou a organização por meio da plataforma de mensagens Telegram.
“Trata-se de um ataque ilegal a trabalhadores humanitários desarmados. Pedimos que os governos e as instituições internacionais exijam sua segurança e libertação imediatas”, acrescentou a Flotilha Sumud Global.
Menos de quatro horas antes, às 01h35 de hoje, o perfil Palestina em Português, na rede social Instagram, havia compartilhado um breve vídeo de Miguel Duarte.
“Se você está assistindo a este vídeo, é porque fui capturado ilegalmente pelas forças israelitas e levado para Israel contra a minha vontade”, disse o ativista.
Pelo menos 13 embarcações que fazem parte da flotilha foram interceptadas pela Marinha de Israel, sendo uma delas abalroada em águas internacionais, informou a Flotilha Sumud Global hoje.
A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, e a atriz portuguesa Sofia Aparício também foram detidas por Israel após a interceptação do barco onde estavam, conforme relatou a dirigente bloquista Joana Mortágua à Lusa.
Antes de sua prisão, em um vídeo postado às 22h30 de quarta-feira, Miguel Duarte destacou que havia várias embarcações israelitas na área “atirando canhões de água” e realizando “manobras perigosas” próximas aos navios.
Enquanto isso, o Governo do Brasil declarou em um comunicado que há diversos brasileiros entre os ativistas que foram detidos por Israel durante a interceptação das embarcações que compõem a flotilha.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil confirmou que entre os detidos está Luizianne Lins, deputada pelo Partido dos Trabalhadores, liderado pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.
A administração brasileira anunciou que está acompanhando “com preocupação” a interceptação das embarcações da flotilha por Israel.
“O Brasil reitera o princípio da liberdade de navegação em águas internacionais e sublinha o caráter pacífico da flotilha”, destacou a diplomacia brasileira.
Apesar das interceptações, a organização garantiu, em uma mensagem divulgada às 01h20, que 30 embarcações da flotilha continuam se dirigindo a Gaza e estavam a 46 milhas náuticas (85 quilômetros) da costa do enclave palestiniano.
Anteriormente, o Ministério das Relações Exteriores de Israel havia declarado que vários navios da Flotilha Global Sumud foram “detidos sem incidentes” e que os passageiros estavam sendo transferidos para um porto israelense.
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