O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou hoje que teve um “encontro produtivo” com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, revelando que Portugal manterá seu apoio ao país invadido pela Rússia no próximo ano.
“O encontro que acabei de ter com o presidente Volodymyr Zelensky foi, uma vez mais, produtivo. Tivemos a possibilidade de discutir alguns pontos de vista sobre o andamento do processo de adesão da Ucrânia à União Europeia”, afirmou Montenegro aos repórteres, durante a cimeira anual da Comunidade Política Europeia, em Copenhaga, Dinamarca.
O primeiro-ministro destacou que também foi abordado o “apoio militar, logístico, político e financeiro que Portugal tem oferecido e que será reiterado no ano seguinte”.
“Estamos a falar de um apoio que será, pelo menos, da ordem de 220 milhões de euros”, acrescentou, indicando que isso pode incluir “a aquisição de material militar ou a disponibilização de recursos logísticos necessários para sustentar as forças armadas da Ucrânia”.
Montenegro mencionou que Zelensky “agradeceu” por ele ter solicitado ao presidente chinês, Xi Jinping, apoio para a paz na Ucrânia, “devido à sua estreita relação” com o presidente russo, Vladimir Putin, em uma reunião em Pequim.
É importante ressaltar que, no começo de setembro, Montenegro enfatizou a Xi Jinping que conta com sua proximidade com a Rússia para “construir uma paz justa e duradoura” na Ucrânia.
“Não posso deixar de, em nome do Governo de Portugal, informar ao Sr. presidente que valorizamos muito o vosso apoio e a relação próxima que a China mantém com a Federação Russa para que possamos, o mais rápido possível, estabelecer uma paz justa e duradoura na Ucrânia”, disse ele.
A guerra na Ucrânia, que começou com a invasão da Rússia em fevereiro de 2022, está marcada por combates intensos nas regiões leste e sul, acompanhados de frequentes bombardeamentos de infraestruturas civis, deslocamento forçado de populações e um elevado número de vítimas.
Neste verão, houve várias tentativas diplomáticas para alcançar um cessar-fogo, incluindo uma proposta dos Estados Unidos para suspender as hostilidades por 30 dias, mas, apesar dos esforços, não houve progresso substancial.
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