Joana Mortágua anunciou, nesta quarta-feira, que sua irmã Mariana Mortágua e a atriz Sofia Aparício foram detidas pelas forças israelenses. Ambas fazem parte da flotilha humanitária que se dirige à cidade de Gaza.
“A Mariana e a Sofia já foram detidas por Israel. Perdemos o contacto com os três membros da delegação”, compartilhou Joana Mortágua em sua conta no Instagram.
É importante mencionar que o português Miguel Duarte também está a bordo de uma das embarcações da flotilha, mas, até o momento, não há informações sobre sua possível detenção.
Vale lembrar que o navio onde estava a coordenadora e deputada do Bloco de Esquerda foi interceptado por um barco israelita.
© Reprodução Instagram/ Joana Mortágua
Durante uma transmissão ao vivo no Instagram, Mariana Mortágua mencionou, por volta das 19h45 (horário de Lisboa), que o navio em que estava estava sendo abordado por embarcações israelitas.
Mariana também relatou que estavam sendo atingidos por “canhões de água” e que foi solicitado um contato com o capitão da embarcação. Ela disse que todos estavam com as “mãos ao alto”. Entretanto, a transmissão foi interrompida.
A flotilha, é importante notar, estava a cerca de 160 quilômetros de Gaza e já havia ultrapassado o limite de ‘Madleen’ quando foi interceptada pelas forças armadas israelitas em junho.
“A Marinha israelita solicitou que mudassem de direção”
A Marinha israelita notificou os barcos da flotilha humanitária com destino a Gaza para mudarem de rumo, de acordo com informações fornecidas pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel, enquanto as embarcações navegavam na costa do Egito.
“A Marinha israelita contatou a flotilha Hamas-Sumud e pediu que mudassem de rumo”, afirmaram as autoridades israelenses, que acusam a Flotilha Global Sumud de ser financiada pelo grupo islâmico palestino Hamas.
Portugal solicitou a Israel que evite “violência”
Na tarde desta quarta-feira, Portugal pediu às autoridades israelenses que se abstenham de empregar violência contra a flotilha humanitária que se dirige à Faixa de Gaza e que inclui três cidadãos portugueses, informou o Ministério das Relações Exteriores.
“Portugal enviou uma mensagem ao governo de Israel, através dos canais diplomáticos adequados, pedindo que não se use violência e que os direitos de todos os que estão na flotilha sejam respeitados”, declarou uma fonte oficial da diplomacia portuguesa à Lusa.
[Notícia atualizada às 20h36]
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