“Temos mantido contato com outros Estados-membros e aliados que estão diretamente envolvidos nesse acompanhamento, especialmente com a Itália e também com a Espanha”, declarou Luís Montenegro ao chegar para uma reunião informal do Conselho Europeu, em Copenhague, capital da Dinamarca.
Quando questionado sobre o pedido de proteção feito pelo Governo em relação aos cidadãos portugueses que estão a bordo da flotilha humanitária rumo à Faixa de Gaza, o primeiro-ministro admitiu que, “neste momento, existe realmente um registro de perigosidade”.
Entretanto, Luís Montenegro afirmou que a administração tomou “as providências adequadas dadas as circunstâncias”, incluindo “fazer um chamado para que não se corram riscos desnecessários”, à medida que a flotilha se aproxima de Gaza e há a possibilidade de interceptação pelas forças israelitas e detenção dos ativistas a bordo.
“Não podemos fazer mais do que isso nestas circunstâncias”, defendeu.
Sobre se houve comunicações com o Governo de Israel para assegurar a proteção dos cidadãos nacionais envolvidos nesta ação humanitária, incluindo Mariana Mortágua, coordenadora do BE e única deputada do partido, o primeiro-ministro respondeu que há “uma preocupação em assegurar que não ocorra nenhum acidente e que a segurança dessas pessoas não seja comprometida”.
“Mas isso também depende deles”, comentou.
Referente à recusa de Mariana Mortágua em aceitar o apelo para deixar a flotilha antes de ser interceptada por Israel, Luís Montenegro afirmou que respeita a decisão da deputada.
Questionado repetidamente pelos jornalistas, Luís Montenegro não confirmou se houve contato do Governo com a administração de Benjamin Netanyahu: “O que desejo é que todos mantenham posições equilibradas”.
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