“Eram esperados 500 participantes, mas 3.000 se juntaram ao ato no final da manifestação. Um membro da polícia afirmou à agência Lusa que estou certo de que esse número foi amplamente superado”, declarou um oficial ao término do evento, que chegou ao Rossio às 16h55.
Joana Mortágua, irmã da deputada e coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, que está detida em Israel desde o dia 1, também participou da concentração.
Evitaram comentar sobre o caso em questão, hoje, mas Joana Mortágua confirmou à Lusa que as últimas informações que possui sobre sua irmã e outros três portugueses detidos em Israel são da última sexta-feira.
“Apesar da intensa pressão internacional, Israel voltou a bombardear Gaza hoje”, concluiu.
O ex-dirigente do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, e o candidato do PCP às eleições presidenciais, António Filipe, estavam entre os que participaram na manifestação.
Em declarações à Lusa, Francisco Louçã mencionou que o movimento em favor de uma Palestina livre adquiriu “uma dimensão significativa a nível global”.
“É impossível deter este movimento contra o governo de Israel, como temos visto nas mobilizações pela Europa”, ressaltou.
Francisco Louçã reiterou que não há informações desde sexta-feira sobre os detidos portugueses que faziam parte da FlotilhaGlobalSumud.
Críticas ao ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Rangel, ecoaram em pequenos discursos realizados na Praça D. Pedro IV, no Rossio, responsabilizando-o por “concordar” com o “governo opressor de Israel”.
Durante o percurso pelas ruas de Lisboa, um dos gritos de protesto que ecoou foi “Paulo Rangel, Paulo Rangel, títere de Israel”.
A palestiniana Serena Sabat, uma das oradoras no Rossio, destacou o “genocídio” que Israel perpetra contra o povo palestiniano, advertindo que o “mundo inteiro” não pode permitir que isso continue.
“Paulo Rangel, liberte os nossos” e “Palestina Livre” foram os gritos mais frequentes nos discursos finais da manifestação, mesmo enquanto os participantes continuavam mobilizados no Rossio.
No cruzamento da Rua Áurea com a Rua da Conceição, um transeunte provocou os manifestantes, levando a polícia a intervir rapidamente e a formar um cordão para evitar possíveis confrontos.
Os organizadores da manifestação também apelaram imediatamente à tranquilidade, enfatizando que se tratava de um protesto pela paz.
“Agora, agora, agora, agora que estamos juntas/ agora que estamos juntas/ agora que nos veem/ abaixo o sionismo que vai cair, que vai cair/ e viva a Palestina a resistir, a resistir”, entoaram os manifestantes, acompanhados de palmas.
“Ocupa, bloqueia, pela Palestina” é outro dos gritos de ordem repetidos pelos manifestantes que permanecem no Rossio, segurando bandeiras da Palestina, com algumas do Bloco de Esquerda visíveis.
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